domingo, 3 de novembro de 2013

De Olho no Teto...







Em Caxambu - MG

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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

AS AMIZADES E O MEU TEMPO

                                                                                      Por Dorothy Coutinho


Hoje, com uma razão especial, 69 anos não é pouco, vou homenagear aqueles e aquelas que têm estado comigo.Falo das opções que venho fazendo, até sem saber, para ser feliz ou para destruir. É assim.. Recusei ter um parceiro na vida a quem não pudesse contar como amigo, porque os amigos fazem parte do meu alicerce emocional que a passagem do tempo me concede. Falo daquela pessoa para quem posso telefonar, não importa onde ela esteja nem a hora e dizer: “estou mal, preciso de você”. E ela estará comigo ao telefone o tempo necessário para que eu me recupere, me reencontre, me reaprume, não me mate, seja lá o que for.

Menos expansiva e mais reservada tive sempre muitos conhecidos e poucas, mas reais amizades, dessas que formam, com a família, o chão sobre o qual posso caminhar e, para as quais eu sou apenas eu: pessoa com manias e brincadeiras, eventuais tristezas, erros e acertos; hoje com alguns bônus, alguns créditos sem o ônus do ciúme já que a amizade é um meio-amor, o que cá entre nós é uma bela vantagem. Ser amigo é rir junto, é dar o ombro para chorar, é poder apresentar o namorado, é poder aparecer de tênis furado, é poder até brigar e voltar, sem ter de dar explicação.

Amigo, amiga é um dom incrível. Quando o destino conspirava contra, tirando de baixo de mim todos os tapetes fazendo com que eu perdesse o prumo, o rumo, o sentido de tudo, foram os amigos, as amigas e as minhas filhas ainda jovens, mas, já reveladas amigas, que seguraram as pontas. Aguentei e continuei amando a vida e as pessoas e a mim mesma, o suficiente para não ficar amarga, pois além de acreditar no mistério de tudo  eu tinha aqueles amigos. Com eles, sem grandes conversas nem palavras explícitas, aprendi solidariedade, simplicidade, honestidade, e carinho.

Dedico esse texto às pessoas que mesmo quando estou cansada, estou burra, estou irritada ou desatinada, e, sem precisar me sacrificar, nem compreender, nem perdoar, nem fazer malabarismos, nem inventar desculpar, nem esconder rugas ou tristezas eu posso simplesmente SER.

Às Níveas, toda a gente da grande família, Sal, Nil, Silvia, Isolda, AnaM, Edith, Rui, Fátima, Lena, Aida, Darcy, Ari, ZéLu, Sossô, VetMárcia, Zecão, Chapa, e alguns (muitos) dos que já “pediram pra subir”.


Dorothy
3l.out.2013  


domingo, 7 de abril de 2013

Crônica do Teto



 


                                                                                                            Dorothy Coutinho
          


COLESTEROL É VIDA - OU DE PERTO NINGUÉM É NORMAL


Se você pensa que é sadio, é porque não procurou direito sua doença.
Falo principalmente da “doença mental”. Aliás, expressão pouco usada, porque o chique agora é “transtorno”, “desordem” ou “distúrbio”. 

A tendência é não sermos mais vistos como responsáveis pelos nossos próprios atos. O sujeito é assaltado porque lhe faltaram oportunidades de acesso à educação, ou porque foi vítima de bullyng e tantos outros indicadores, sempre com resultados de uma formulação manipulada, onde nem sempre as relações de causa e efeito têm uma base sólida. O pior é que elas resistem até mesmo a obvia verdade de que a grande maioria dos que enfrentaram ou enfrentam momentos difíceis não é de delinquentes. 

No terreno da psicanálise de boteco que tem o condão de adaptar suas explicações, o sujeito que surra mulher e filhos é porque foi também surrado pela mãe, ou do outro que não foi surrado e nem sequer advertido, ou seja, foi negligenciado, mas com efeitos também desastrosos. E o número de transtornos e desordens só aumenta. Surgem os novos “pacientes”, gente que agora padece de síndromes antes nunca descritas. 

E os males do espírito que não geram sintomas físicos, ou, se geram, são de difícil definição? O diagnostico vira conceitual e subjetivo e fica assim, um papo de maluco: “eu acho que você está deprimido porque acho que seu quadro configura o que eu acho que é depressão”.
Não há mais preguiça, não há mais agressividade. Há transtornos, desordens de atenção, só desordens. As emoções antes normais em qualquer ser humano podem se revelar em algum transtorno. Vai depender do freguês e da moda psiquiátrica corrente.
Não se fica mais triste, fica-se deprimido. Não se fica mais ansiosa, fica-se com distúrbios de ansiedade. 

Chegamos sem notar, ao ponto em que todo indivíduo, se confrontado com um hipotético “padrão normal”, será portador de vários transtornos. É o caso de se pensar que assim como a infância e a falsa descoberta de um número alarmante de bebês portadores de transtorno bipolar, passou a ser uma doença, a puberdade, a adolescência, a jovem maturidade, a meia idade e a velhice é tudo doença também. Ninguém escapa, porque o objetivo é englobar. 

O problema não é a ciência decretar que, de uma forma ou de outra, somos todos malucos. Isso todo mundo sabe. O problema é quando eles decidem qual é a nossa maluquice e nos forçam a uma normalidade que não queremos e nem temos por que aceitar. Assim, podemos ser forçados a agir “normalmente” ou considerados insanos, se discordarmos da normalidade oficial.
Tenho medo de não me encaixar na portaria da ANVISA que define a normalidade, já que de perto ninguém é normal! Eu só sei que colesterol é vida!!!   

 


sábado, 6 de abril de 2013

Com a Palavra...






Estou contratando uma doméstica com as qualificações necessárias ao cargo. Pago todos os direitos. Que ela saiba cozinhar razoavelmente, passar e arrumar a casa. Não precisa ser exímia pianista. Basta tocar um pouco de Chopin, meu preferido. Ela toca e eu escuto e depois eu toco Beethoven e ela escuta. Pau a pau. Serão seis horas de trabalho e duas de piano para que possamos relaxar. Ela de tanto trabalho, da preocupação de chegar na hora, de dar tantas explicações pelo atraso da condução, de assinar ponto de entrada e saída, não porque eu exija, mas porque lei é lei, e eu de controlar tudo, de verificar as horas, de cuidar para que ela não trabalhe na hora do descanso, de viver com o lápis na mão fazendo contas e mais contas de hora extra, de abono, de adicional noturno, de INSS, FGTS, multas e outra besteirinhas, mas pois, de dona de casa me transformei de repente em empresária sem ter empresa. Tô lascada! Depois tomaremos o chá das cinco com bolinhos que farei, ela sendo minha convidada, pois depois das oito horas nem um copo d'água posso pedir mais a ela. Acho certíssimo. Lei é lei. Todo mundo tem que ter os seus direitos trabalhistas. Estou esperando os meus. Os direitos da dona de casa. Quando a presidente vai regulamentar isso? Tenho 42 anos de trabalho ininterrupto. Fui cozinheira, lavadeira, babá, professora, motorista, psicóloga, administradora, economista e ainda tenho várias destas funções e muitas vezes tem alguém que ainda acha que sou dondoca e que vivo pendurada no telefone. Isso é caso de polícia! Estou vendo a hora morrer e a lei que favorece a dona de casa não é aprovada. Preciso urgentemente ouvir Chopin!

Fonte: Facebook


domingo, 3 de fevereiro de 2013

O Teto em Versos

Ansiedade



Sei como é esse minuto.
Vivias bem ali dentro, com as tuas coisas.
Mas dá-te os cinco
e queres uma vida
De ventos e cheiros.
Queres saltar o muro de um salto,
Sei como é.

Estavas numa de vamos lá ver
Talvez diga no livro,
Talvez no escuro a mão,
Mas sentes amargo na boca
E sais da cama, da cadeira,
Do caminho como um danado,
E pões-te a dar corda ao mundo
- Sei como é.

Querias o que faltava,
Quase, meio minuto bastava
Um fundo de copo para a sede
Mas tramas-te com o tamanho
Da tua humanidade, com a correria
Nas tuas veias
E partes a moldura, o espelho,
A face. Enrolas sonhos mansos
E chutas.
Esqueces que acabas
e ficas.


21/01/2013


Fonte: Facebook 


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Luto







  Luto por todos esses jovens que perderam suas vidas ......

Hoje eu Morri na tragédia em Santa Maria, não eu não Morri Fisicamente não!
Morri quando vi no noticiário um bombeiro chorar e for retirado das atividades por não ter condições emocionais de continuar ali.
Morri quando as pessoas fizeram piada da dor e do sofrimento das famílias.
Morri porque os seguranças não deixaram as pessoas saírem por falta de pagamento da comanda.
Morri por causa da negligência dos donos, sem querer culpar ninguém, mas se eu não falar isso nunca vai acabar.
Morri quando um pai ficou na porta da boate por mau pressentimento, e quando viu o acontecido tentou entrar pra salvá-la e foi impedido porque não tinha pagado a entrada.
Morri quando mais um bombeiro falou que os telefones no bolso dos mortos não paravam de tocar e isso doía na alma dele.
Morri porque 233 famílias serão mutiladas com a ausência dos filhos, irmãos, primos [...]
Morri porque ali em 233 sonhos , 233 futuros pais , 233 futuros médicos ,eram 233 humanos.
Morri quando uma namorada foi acordado pelo bip do celular no meio da noite era uma mensagem dizendo : ‘’Estou morrendo , sei que não vou conseguir sair, seja forte, Te amo ‘’
Morri porque as pessoas são tão desumanas a ponto de pensarem mais no dinheiro do que nas vidas .





Fonte: Facebook



quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O Teto Notícias


MARACANÃ - ATO CONTRA A DEMOLIÇÃO DO ESTÁDIO DE ATLETISMO CÉLIO DE BARROS




Esta quinta-feira é um dia chave para a luta de todo o Complexo do Maracanã contra a coleção de absurdos do projeto de privatização. Após vitórias parciais importantes na EM Friedenreich e na Aldeia Maracanã, vamos exigir que o MAIOR TEMPLO DO ATLETISMO BRASILEIRO não seja destruído!

Alô Presidenta Dilma! Alô Ministério dos Esportes! Alô COB! Vamos ouvir o que o Atletismo Brasileiro tem a dizer sobre a intenção de demolir o Célio de Barros a três anos das Olimpíadas de 2016!! Não podemos passar essa vergonha!

Presença confirmada da campeã olímpica MAURREN MAGGI e de atletas que competiram em Londres 2012 e se preparavam para 2016 no Célio de Barros.
TODOS ESTÃO CONVIDADOS!

> Quinta, dia 31, 18h30
> Auditório da ABI - Rua Araújo Porto Alegre, 71, 9o. andar
Centro do RJ, próximo à Cinelândia


Fonte: Facebook