segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Dizem que o amor



tem origens... sobrenomes, parentesco... Para alguns vem da época da antiga Grécia, assina o nome dos deuses e ora tem a Bênção ou a Maldição dos mesmos. Para outros (ainda mais antigos) tem nome e entendimento diverso, é comum sem ser profano, compartilhado sem que sofra mácula, Sagrado, Celebrado, Reverenciado nos rituais de Vida-Morte-Renascimento diários. E porque gira em espiral constante não conhece (nem reconhece) culpa, medo, rejeição ou dúvida. É fluido, certo, seguro e constante em sua existência. E em seu deixar de existir. Tempos depois veio o sentimento inerente àqueles para os quais dividir era tarefa primordial da existência. Separar o que era seu, tomar para si o que (ainda) seu não era, negociar, batalhar, conquistar territórios além. Não era o melhor momento para o Amor e seus adeptos. E eis que ele chega por encomenda no desejo de continuidade de tantas e tantas famílias em arranjos feitos e (quase) nunca desfeitos_ para felicidade ou infelicidade de muitas gerações. A sorte era lançada. Mas sentimentos atravessam tempos, percorrem longos caminhos partindo de onde precisam partir.







Hoje exibem-se sessões de amores descomplicados, carentes, doces, felizes, ardentes e remanescentes (dizem eles) do Amor e seu primeiro suspiro fora do Templo dos Deuses. Para elas e eles há terapeutas, curadores, conselheiras, assessores e uma multidão que compartilha (dentro ou fora) de um mesmo Amor, que de muitas formas renasce no movimento infinito que é a Vida. Em círculos e espirais.



Roberta Nogueira

Foto de Fabrício Nakanishi




Fonte: Noticiarama.blogspot.com.br

Link: http://noticiarama.blogspot.com.br/2009/06/coluna_13.html#more



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