tem origens... sobrenomes,
parentesco... Para alguns vem da época da antiga Grécia, assina o nome dos
deuses e ora tem a Bênção ou a Maldição dos mesmos. Para outros (ainda mais
antigos) tem nome e entendimento diverso, é comum sem ser profano, compartilhado
sem que sofra mácula, Sagrado, Celebrado, Reverenciado nos rituais de
Vida-Morte-Renascimento diários. E porque gira em espiral constante não conhece
(nem reconhece) culpa, medo, rejeição ou dúvida. É fluido, certo, seguro e
constante em sua existência. E em seu deixar de existir. Tempos depois veio o
sentimento inerente àqueles para os quais dividir era tarefa primordial da
existência. Separar o que era seu, tomar para si o que (ainda) seu não era,
negociar, batalhar, conquistar territórios além. Não era o melhor momento para
o Amor e seus adeptos. E eis que ele chega por encomenda no desejo de
continuidade de tantas e tantas famílias em arranjos feitos e (quase) nunca
desfeitos_ para felicidade ou infelicidade de muitas gerações. A sorte era
lançada. Mas sentimentos atravessam tempos, percorrem longos caminhos partindo
de onde precisam partir.
Hoje exibem-se sessões de amores
descomplicados, carentes, doces, felizes, ardentes e remanescentes (dizem eles)
do Amor e seu primeiro suspiro fora do Templo dos Deuses. Para elas e eles há
terapeutas, curadores, conselheiras, assessores e uma multidão que compartilha
(dentro ou fora) de um mesmo Amor, que de muitas formas renasce no movimento
infinito que é a Vida. Em círculos e espirais.
Roberta Nogueira
Foto de Fabrício Nakanishi
Fonte: Noticiarama.blogspot.com.br
Link: http://noticiarama.blogspot.com.br/2009/06/coluna_13.html#more
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