Tranças atadas umas as outras,
no lenço o pescoço, cabeça o chapéu,
a quente (suas mãos nunca esfriam!) boia-fria o dia vai começar.
Embornal no ombro, cigarro de palha na mão("Ana, apaga isso! cê vai fumar
no caminhão?"), embornal no ombro e mais a marmita ela segue para a lida.
A plantação, suor por todo o lado, enxada, cana-de-açúcar, suor, sangue, a foice, o suor, o colher, a colheita...
"Aceita um café?"
... a enxada, o corpo, o suor, a foice, o sangue. Hora de voltar para o caminhão.
Tranças na ponta dos dedos se desfazem. Na cama ao lado, recém-chegada da faxina na cidade, sua irmã parece dormir. "Ela tem mais sorte", dizem seus dedos (em segredo) correndo fios.
_ Ana, apaga essa luz!
A plantação, suor por todo o lado, enxada, cana-de-açúcar, suor, sangue, a foice, o suor, o colher, a colheita...
"Aceita um café?"
... a enxada, o corpo, o suor, a foice, o sangue. Hora de voltar para o caminhão.
Tranças na ponta dos dedos se desfazem. Na cama ao lado, recém-chegada da faxina na cidade, sua irmã parece dormir. "Ela tem mais sorte", dizem seus dedos (em segredo) correndo fios.
_ Ana, apaga essa luz!
Roberta Nogueira
Fonte: Noticiarama.blogspot.com
Link: http://noticiarama.blogspot.com.br/2009/08/coluna_15.html#more
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